Por que continuamos atraindo o mesmo tipo de pessoa?
Você já teve a sensação de viver o mesmo relacionamento várias vezes - apenas com rostos diferentes?
A princípio, parece coincidência. Mas, quando olhamos mais fundo, percebemos que não é o destino que repete a história: somos nós que, inconscientemente, recriamos padrões emocionais que precisam ser vistos e curados.
Relacionamentos são o espelho mais fiel da alma. Eles mostram, com precisão, o que ainda precisamos curar dentro de nós. Por isso, mesmo quando prometemos “nunca mais cair nessa”, algo dentro atrai, como um ímã, o mesmo tipo de pessoa, o mesmo enredo, o mesmo fim.

A repetição dos ciclos afetivos
Na Constelação Familiar, dizemos que o que não é resolvido tende a se repetir até ser olhado com amor. Quando uma pessoa vive relacionamentos tóxicos de forma recorrente, geralmente há uma lealdade oculta a alguém do seu sistema familiar - uma dor antiga pedindo reconhecimento.
Talvez você esteja, sem perceber, tentando salvar alguém que foi excluído, rejeitado ou humilhado. Talvez tenha aprendido que amor é sinônimo de esforço, de luta, de espera. Ou talvez ainda carregue a crença de que não merece um amor tranquilo, porque em algum nível acredita que precisa pagar por algo que nem é seu.
Essas lealdades inconscientes fazem com que o inconsciente busque pessoas que despertem exatamente o mesmo tipo de ferida. Não porque gostamos do sofrimento, mas porque o inconsciente busca repetição para tentar reparar. Só que enquanto não há consciência, o ciclo continua - apenas com novos personagens.
Autossabotagem e o medo do amor verdadeiro
A autossabotagem em relacionamentos é uma defesa da mente ferida. Quando crescemos sem segurança emocional, com medo de sermos abandonados, rejeitados ou comparados, criamos mecanismos para nos proteger da dor - afastando exatamente aquilo que mais desejamos.
Por isso, muitas vezes, o amor saudável assusta. Ele parece “sem graça”, “sem emoção”, “sem intensidade”. Mas, na verdade, o que assusta não é o outro, é o espelho que esse amor verdadeiro traz: o de que somos dignos de paz, de reciprocidade e de carinho constante. Romper com esses padrões emocionais exige coragem para olhar as origens da dor. E esse processo não é mental, é energético.

A raiz sistêmica do amor
Na visão sistêmica, o amor que vivemos na vida adulta é um reflexo direto do amor que aprendemos na infância. Se crescemos tentando agradar para sermos vistos, continuaremos tentando conquistar amor através de esforço. Se aprendemos que o afeto vem com instabilidade, criaremos vínculos com pessoas que oscilam. E se crescemos vendo desequilíbrio entre o dar e o receber, tenderemos a repetir isso em nossos vínculos afetivos.
A cura começa quando paramos de culpar o outro e voltamos o olhar para dentro. Quando reconhecemos que o outro apenas desperta aquilo que já existia em nós — uma ferida que pede acolhimento. Com amor e consciência, conseguimos liberar os vínculos energéticos com essas repetições e abrir espaço para um novo tipo de amor — aquele que começa em nós e transborda para o mundo.
Como mudar o padrão
- Reconheça o ciclo: perceba o que se repete, quais perfis e situações voltam com frequência.
- Observe suas emoções: o que você sente ao estar com essas pessoas? Carência, medo, necessidade de provar algo?
- Acolha a origem: pergunte-se: “Quem, na minha família, também viveu algo assim?”
- Escolha diferente: só quando há consciência podemos fazer novas escolhas — e o campo energético se reorganiza.

Você não atrai o mesmo tipo de pessoa por azar, mas sim para curar. pois cada reencontro é uma chance de libertar uma parte sua que ainda vive no passado. O amor que você busca não está lá fora, está no momento em que decide parar de repetir e começar a se escolher.
Descubra no grupo do Tarô Sistêmico como liberar os vínculos que te prendem a padrões repetitivos. O campo revela exatamente o que o coração ainda não consegue enxergar.