O Futuro Não é Um Lugar Que se Visita: É Uma Ilusão Que se Fabrica

May 20, 2025Por Luan Trindade e Luciana Pimenta
Luan Trindade e Luciana Pimenta
Pessoa diante do abismo com relógio derretendo e peças de quebra-cabeça flutuando, simbolizando o tempo e a incerteza do futuro.

Você já parou para pensar que tudo o que você acredita saber sobre o futuro... pode ser só uma projeção enviesada do passado? Pois é. E essa constatação não é só um devaneio filosófico — é uma falha cognitiva que nos afeta mais do que imaginamos.

Nossa mente não sabe lidar com o futuro

Na leitura provocadora de Nassim Taleb, somos apresentados à ideia de que o ser humano tem uma cegueira em relação ao futuro. Não conseguimos ver o que vem por aí com clareza porque, quando tentamos imaginar o amanhã, projetamos o ontem. É como se estivéssemos assistindo a um filme antigo esperando que o final seja inédito. Não é.

A consequência? Superestimamos os impactos futuros — tanto os bons quanto os ruins. A felicidade de um carro novo, por exemplo, não dura tanto quanto imaginamos. Assim como a dor da perda de um emprego ou de um relacionamento, que parece insuportável no começo, mas à qual, com o tempo, nos adaptamos.

Somos cegos para o amanhã — e isso é perigoso

Essa “cegueira mental” é uma espécie de bug do nosso sistema operacional. Queremos fazer previsões, mas não sabemos prever. Confundimos causa e consequência. Supervalorizamos eventos pontuais. E acabamos tomando decisões importantes baseadas em suposições frágeis. Como se estivéssemos tentando navegar em um mar revolto com um mapa de papel amassado.

Mais do que isso, caímos na armadilha de achar que, por termos aprendido algo no passado, seremos capazes de aplicá-lo no futuro. Mas não é tão simples. Porque o futuro não se repete — ele surpreende. Ele é o campo de jogo do acaso, do imprevisível, do que escapa à lógica.

A armadilha das “soluções definitivas”

Outra cilada mental: acreditarmos que encontramos a resposta final. Que agora sim, com esse novo método, esse novo curso, esse novo hábito, tudo vai mudar para sempre. Mas esquecemos que as pessoas antes de nós também pensaram isso. Rimos dos erros delas e repetimos os nossos, como se estivéssemos jogando o mesmo jogo, mas com uma estratégia invencível.

Spoiler: não estamos.

Heleno e as profecias ao contrário

Um dos trechos mais impactantes da leitura é a história de Heleno, um vidente da mitologia que não previa o futuro — mas o passado. E fazia isso com precisão impressionante. Isso nos provoca uma pergunta poderosa: será que, para entender o que está por vir, não deveríamos primeiro aprender a ler melhor o que já foi?

Não se trata de viver preso ao passado, mas de reconhecê-lo como matéria-prima da consciência. O passado bem interpretado pode não prever o futuro, mas pode nos preparar emocionalmente para as viradas da vida.

Homem observa o céu estrelado com fórmulas matemáticas e relógio derretendo em areia, refletindo a ilusão de controle sobre o tempo e o futuro.

Reflexão final: não seja um turista no próprio destino

A vida não é previsível. O amanhã não está garantido. E tudo bem.

O poder está em aprender a surfar o caos com mais presença, humildade e autorresponsabilidade. Talvez o segredo não seja tentar adivinhar o que vem, mas se tornar alguém que esteja pronto para qualquer coisa que vier.

Afinal, como já dizia Marco Aurélio:

Não espere que o futuro venha como você deseja. Prepare-se para recebê-lo como ele for.

✨ Curtiu essa reflexão?

Se você gosta de ideias que desafiam o senso comum e expandem a consciência, recomendo fortemente a leitura de A Lógica do Cisne Negro, de Nassim Taleb. Esse livro é um divisor de águas para quem deseja compreender o papel do imprevisível na vida, nos negócios e nas nossas decisões.

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